Mestrado em Educação: Formação Docente
Você é um profissional da educação e sente que está na hora de dar o próximo passo na sua carreira? Então, o mestrado em educação pode ser o que você está buscando!
Imagine aprofundar seu conhecimento, aprimorar habilidades específicas, se manter à frente das novas tendências e, ainda por cima, se posicionar para cargos mais desafiadores e recompensadores!?
O mestrado em educação é uma verdadeira imersão no universo da educação, pois oferece uma visão profunda sobre o campo docente, além de estimular a pesquisa e a inovação.
Se você é professor, gestor ou trabalha em qualquer área do setor educacional, essa é a sua chance de se destacar e conquistar um futuro mais promissor.
Preparado para transformar sua carreira e fazer a diferença na educação? Então, o mestrado em educação é o caminho certo para você!
Se sua formação se limita ao bacharelado e você tem interesse em especializar-se em um campo específico, além de apreciar a ideia de atuar como docente e pesquisador, este é o momento ideal para considerar o ingresso no mestrado – o estágio inicial de uma pós-graduação stricto sensu.
Comumente, este curso possui um ciclo de dois anos, exigindo um compromisso considerável com as aulas e o desenvolvimento da dissertação para a conclusão do programa.
A orientação de um supervisor é fundamental para direcionar as investigações que antecedem a elaboração do documento final da tese.
O mestrado em educação proporciona uma imersão profunda em uma área específica do campo educacional, bem como capacita o indivíduo para ensinar em níveis de graduação em instituições de ensino superior.

Paralelamente às atividades docentes, o mestre em educação estará apto a se engajar em projetos de pesquisa, seja por interesse próprio ou conforme a demanda.
Os programas de pós-graduação em educação se dedicam ao avanço de estudos e investigações nas diversas áreas das ciências educacionais, com o propósito de atender a crescente necessidade de qualificação, com ênfase para a formação de docentes e pesquisadores.
Disponíveis para educadores, pedagogos, licenciados e também para graduados de outras áreas que escolhem a educação como campo de atuação profissional, os cursos de pós-graduação são estruturados para serem cursados após a obtenção de um diploma superior.
A pós-graduação é dividida em duas categorias principais: lato sensu e stricto sensu. Os programas de pós-graduação lato sensu, como especializações e MBAs, oferecem ao graduado a oportunidade de se aprofundar em uma área específica, relacionada ou não à sua formação inicial. A duração mínima desses cursos é de 360 horas, resultando na emissão de um certificado de conclusão (Brasil, 2024).
Os programas de pós-graduação stricto sensu, por sua vez, se referem aos cursos de mestrado e doutorado, com períodos de formação de aproximadamente 2 e 4 anos, de maneira respectiva, e de acordo com os parâmetros legais estabelecidos na Lei nº 9.394 (Brasil, 1996), responsável por estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional.
Durante a vigência do curso, o estudante realiza uma pesquisa acadêmica que precisa ser apresentada e aprovada para a obtenção do título de mestre ou doutor. A principal diferença entre o lato sensu e o stricto sensu reside no fato de que, no primeiro, o estudante recebe uma formação detalhada em um tema para aprimorar suas práticas diárias, enquanto no segundo, ele explora profundamente esse tema por meio de pesquisa acadêmica (Brasil, 2024).
As pós-graduações lato sensu compreendem programas de especialização e incluem os cursos designados como MBA (Master Business Administration). Com duração mínima de 360 horas, ao final do curso o aluno obterá certificado e não diploma. Esses cursos são abertos a candidatos diplomados em cursos superiores e que atendam às exigências das instituições de ensino, conforme a Lei de Diretrizes e Bases. As pós-graduações stricto sensu compreendem programas de mestrado e doutorado abertos a candidatos diplomados em cursos superiores de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino e ao edital de seleção dos alunos, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (Brasil, 2024).
A função docente é essencial para a humanidade, no que tange à edificação de valores, formação de caráter e moldagem de personalidades. Esses elementos são determinantes na sociedade contemporânea, que demanda educadores capacitados a fomentar o pensamento crítico e a independência dos estudantes, preparando-os para enfrentar os desafios sociais deste novo século.
Nesse cenário, a busca por um mestrado em educação tem se tornado uma decisão importante para que os educadores aprimorem o seu conhecimento e as suas práticas pedagógicas.
Os educadores utilizam o saber específico da sua área para promover essas competências, e esses conhecimentos não devem ser vistos apenas como relações cognitivas, mas também como interações mediadas pelo próprio exercício da profissão, que oferece aos docentes estratégias para lidar e resolver problemas do cotidiano (Contreras, 2018).
O saber docente deve ser assimilado por meio de sua conexão com a atividade pedagógica, o ambiente escolar, a sala de aula e a interação com os estudantes. Portanto, o saber docente está intrinsecamente relacionado à identidade do professor, sua vivência, trajetória profissional, e as interações com os estudantes e com os demais participantes do ambiente escolar.
Com um mestrado em educação, o educador tem a oportunidade de aprofundar sua compreensão sobre esses saberes, associando-os aos componentes essenciais da prática educativa. Dessa forma, é fundamental que, ao investigar esses saberes, se considere a importância desses aspectos para a construção da prática pedagógica (Tardif, 2014).

Freire (2019) defende que o ensino transcende a transmissão de informações do professor para o aluno, pois se trata de um processo que envolve a criação de oportunidades para que os estudantes possam gerar ou construir conhecimento. O cenário educacional ideal é aquele em que o saber é desenvolvido coletivamente por todos os envolvidos na sala de aula, em que o educador assume o papel de mediador no processo de aprendizagem dos alunos.
Nesse contexto, o mestrado em educação concede aos educadores a possibilidade de aprimorarem suas práticas, para que possam compreender de maneira mais profunda essa dinâmica de construção coletiva do conhecimento.
De acordo com Tardif (2014), a interação docente com o conhecimento transpassa as concepções puramente intelectuais e é amplamente influenciada pelo próprio ato educativo, que oferece aos educadores os alicerces necessários para enfrentar e superar os desafios cotidianos.
Tardif (2014) descreve que o saber docente é composto por fragmentos provenientes de diversas origens – como o conhecimento curricular e disciplinar, além dos saberes adquiridos durante a formação profissional, experiencial e cultural, entre outros.
O saber docente é formado por uma ampla gama de saberes acumulados pelos educadores ao longo de suas trajetórias, especialmente no contexto de um mestrado em educação, que amplia a reflexão crítica e teórica sobre a prática pedagógica. O docente que se restringe às atividades em sala de aula, sem realizar avaliações eficazes, perde a oportunidade de potencializar o benefício educacional oferecido aos estudantes (Tardif, 2014).
De acordo com Alarcão (2018), é inconcebível que um educador não se envolva ativamente na reflexão sobre as motivações de suas escolhas pedagógicas, que não se autoavalie após o insucesso de alguns alunos, que não enxergue seus programas educacionais como experimentos a serem testados e ajustados na prática docente, que não adote uma postura crítica ao revisar diretrizes e propostas pedagógicas, e que não questione o propósito e a eficácia das funções da instituição educacional.
Já em 2001, a autora destacava a necessidade de uma adaptação contínua do setor educacional aos desafios contemporâneos enfrentados por alunos, docentes e instituições de ensino, uma reflexão que também se aplica aos educadores que buscam aprofundar seus conhecimentos por meio de um mestrado em educação, que amplia a capacidade crítica e analítica sobre esses desafios.
Nesse cenário, Alarcão (2001) postulava que a escola deveria ser um espaço de
[…] organização (escolar) que continuadamente se pensa a si própria, na sua missão social e na sua organização, e se confronta com o desenrolar da sua atividade em um processo heurístico simultaneamente avaliativo e formativo. […] É uma escola que se assume como instituição educativa que sabe o que quer e para onde vai. Na observação cuidadosa da realidade social, descobre os melhores caminhos para desempenhar a missão que lhe cabe na sociedade. Aberta à comunidade exterior, dialoga com ela. Atenta a comunidade interior, envolve todos na construção do clima de escola, na definição e na realização do seu projeto, na avaliação da sua qualidade educativa. Consciente da diversidade pessoal, integra espaços de Liberdade na malha necessária de controles organizativos. Enfrenta as situações de modo dialogante e conceitualizador, procurando compreender antes de agir. (Alarcão, 2001, pp. 25; 26).
Portanto, é imperativo que os estudantes sejam preparados para aplicar seu conhecimento de maneira prática em contextos reais, adaptando-se a uma sociedade em constante evolução.
Alarcão (2018) analisa a relação entre a era da informação, comunicação e conhecimento, destacando que o saber não se limita ao ambiente escolar, nem os educadores devem ser vistos como os únicos transmissores de conhecimento. Nesse cenário, é fundamental desenvolver uma perspectiva crítica sobre o papel da escola em se ajustar a esses novos paradigmas, o que também é abordado em cursos como o mestrado em educação, que permite aos educadores refletir sobre essas transformações.
Os alunos, por sua vez, devem responder às novas demandas para expandir seu conhecimento, fomentando um aprendizado contínuo – uma sociedade de aprendizagem – que pode ocorrer tanto de forma individual quanto colaborativa. A experiência docente integra novos saberes que, por sua vez, fundamentam a prática educativa (Alarcão, 2018).
Tardif (2014) argumenta que os saberes são componentes fundamentais da atividade docente, e assim, o docente deve ter pleno domínio do conteúdo de sua disciplina e do seu plano de ensino. A vivência profissional é essencial para cultivar uma prática educativa crítica e dialógica, permitindo ao educador incorporar uma gama diversificada de saberes, técnicas e metodologias indispensáveis na profissão.
Tardif (2014, p. 10) cita que “[…] a questão do saber dos professores não pode ser separada das outras dimensões do ensino”, o que realça a ideia de que a educação é intrinsecamente ligada às condições encontradas na prática profissional.
A atuação do docente se evidencia no planejamento e execução das atividades educativas, cujas etapas são dialéticas e interagem de maneira interdependente e interconectada, constituindo elementos fundamentais ao longo do processo educativo. Nesse contexto, os saberes docentes, que podem ser aprofundados em um mestrado em educação, moldam a identidade docente e são determinantes na aquisição, inovação e formulação de novos saberes (Cavalcanti, 2016).

O mestrado em educação, com foco na formação docente, tem um papel determinante no aprimoramento dos conhecimentos e práticas pedagógicas dos educadores.
Considerando as transformações contínuas no contexto social, é imperativo que os docentes desenvolvam uma postura crítica e reflexiva em relação à sua atuação profissional. A competência no domínio do conteúdo, a elaboração de planejamentos pedagógicos eficazes e a experiência prática são elementos fundamentais para a construção de uma prática educativa inovadora e eficiente.
Programas de pós-graduação, como o mestrado, proporcionam aos professores a oportunidade de se atualizar, adaptando-se às novas exigências educacionais. Esses programas contribuem significativamente para o fortalecimento da identidade profissional dos educadores, capacitando-os a atuar como agentes transformadores na promoção de uma sociedade de aprendizagem mais dinâmica e colaborativa.
REFERÊNCIAS:
ALARCÃO, Isabel. (2001). A escola reflexiva. In: ALARCÃO, Isabel (Org.). Escola reflexiva e nova racionalidade. Cap. 1. pp. 15-30. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. 144 p. ISBN-10: 8573078618. ISBN-13: 978-8573078619.
ALARCÃO, Isabel. (2018). Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 8. ed. Questões da Nossa Época. Cortez Editora, 2018. 112 p. ISBN-10: 8524915986. ISBN-13: 978-8524915987.
BRASIL. (1996). LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 31 jan. 2025.
BRASIL. (2024). Qual a diferença entre pós-graduação lato sensu e stricto sensu? Pós-graduação Lato Sensu e Stricto Sensu. Educação Superior. Brasília, DF: Presidência da República, Ministério da Educação. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/educacao-superior-1/pos-graduacao-lato-sensu-e-stricto-sensu/qual-a-diferenca-entre-pos-graduacao. Acesso em: 31 jan. 2025.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Livro didático em Geografia: recurso/suporte ao trabalho docente autônomo do professor ou apêndice da política educacional oficial? In: SPOSITO, Eliseu Savério; DA SILVA, Charlei Aparecido; SANT’ANNA NETO, João Lima; MELAZZO, Everaldo Santos (Orgs.). A diversidade da geografia brasileira: escalas e dimensões da análise e da ação. Rio de Janeiro: Consequência Editora, 2016, p. 323-342.
CONTRERAS, José. A autonomia de professores. Cortez Editora, 2018. 328 p. ISBN-10: 852491923X. ISBN-13: 978-8524919237.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2019. 256 p. ISBN-10: 8577534189. ISBN-13: 978-8577534180.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 2014. 328 p. ISBN-10: 8532626688. ISBN-13: 978-8532626684.
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